"There's a fear I keep so deep / Knew it name since before I could speak (...) If some night I don't come home / Please don't think I've left you alone"- Keep The Car Running, Arcade Fire

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte pt. 1


Finalmente, consegui a proeza de entrar na sala de cinema certa e assistir ao novo Harry Potter. É curioso como comecei a gostar da série. Apesar de recomendações entusiasmadas de um grande amigo e do meu afilhado, relutava em ler os livros, assistia aos filmes, achava divertido e só.

Até que, em 2007, uma das primeiras vezes que saía com uma ex-namorada, conversávamos sobre literatura e ela mostrou-se fanática pelos livros do bruxinho. Brincando, falei que se ela lesse um Saramago, eu leria todos os Harry Potter. Mal sabia que daí a uns meses estaríamos namorando e como promessa é dívida... Ela leu o ‘Ensaio sobre a cegueira’ e eu, em seis meses, li os sete livros da série.

Confesso que achei os dois primeiros fracos, incipientes. No entanto, a partir do terceiro, a autora, J. K. Rowling, começa a melhorar. Mostra maior domínio das técnicas narrativas, cria situações melhores, mais envolventes e tem o mérito de criar um mundo ficcional que encantou milhões de pessoas pelo mundo. Para isso, utiliza diversas ‘referências’ certeiras. Dentre as mais explícitas, estão lá as Novelas de Cavalaria, a Bíblia e fatos históricos recentes, como o Nazismo. E bons personagens. Além de Potter, Rony e Hermione, descobri-me encantado, durante a leitura, por coadjuvantes como Sirius Black e Luna Lovegood.

Como não sou fã xiita, gosto bastante das adaptações cinematográficas. Agradam-me a forma como os efeitos especiais são utilizados para retratar o mundo mágico dos livros, que, sim, são muito superiores a qualquer dos filmes. E deve-se ressaltar o bom trabalho do diretor dos últimos filmes, David Yates, que conseguiu ‘traduzir’ o clima mais sombrio que a série vai ganhando à medida que vai chegando ao fim. Na sessão de cinema que fui, pude notar crianças mais novas “incomodadas” com o filme, enquanto os pais pareciam mais interessados.

E a escalação dos atores é muito boa. Não tem como, depois de assistir ao filme, ler os livros e não imaginar, por exemplo, o professor Snape com a cara do ator Alan Rickman. Daniel Radcliffe pode ser mau ator – e sim, continua muito fraco – mas o cara É o Harry Potter. E tem como não se divertir com as caras de medo – e de babaca apaixonado agora – de Rupert Grint, o Rony? Sem contar a Emma Watson (Ah, Emma Watson...) como Hermione, a inteligência e sensibilidade feminina fundamentais em vários momentos da narrativa.

Mas o que descobri, no cinema, foi que os filmes do Harry Potter preenchem uma lacuna para mim, a dos bons filmes de aventura, que andam em falta hoje em dia. Com as reversões de expectativa criadas pela escritora, o heroísmo medieval do Jesuzinh..., quer dizer, Harry Potter, faz com que, mesmo já sabendo o enredo, eu sinta parecido com como me sentia, na infância, quando assistia ao Indiana Jones ou aos primeiros Star Wars. E isso não é pouco.

Por Ricardo Pereira
Hermione e as Relíquias... do que mesmo??

5 comentários:

  1. Mano... Essa Hermione é bem "ajeitadinha", hein? Abraços e saudades!

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  2. "Ajeitadinha"????? Que isso, rapaz?! Ela e a Leandra Leal são minhas musas!! Bom cê não olhar muito não, hein? rs

    Abraço

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  3. Depois da minha última experiência tensa no cinema com Harry Potter, vendo seu texto eu até fiquei com vontade de ver o filme! Se vc consegue errar a sala do cinema, eu consegui levar meu filho e meu sobrinho de 6 e 7 anos, que liam muito mal pra asisstir Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, legendado! Resultado: 2 horas de.. _Mãe, o que ele disse agora? E meu sobrinho... _não tô entendendo nada tia... Em fim. Não era pra idade deles, claro... Mas gente distraída é assim mesmo!

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  4. Ahhhh Herminone...
    Nem gosto tanto da história. Gostava mais nos primeiros filmes. Esse negócio de Jesuzim me incomoda. Vo vê mermo pela Herminone e pelas poucas cenas de comédia do Rony, que é o maior buxa do mundo. Ainda acho que uma mudança de estilo pro último filme, se espelhando nos filmes da Vera Fischer dos anos 70, ia ser uma boa pra trama. Ahhhh Hermione...

    PS: Pode escrever errado aqui, né?
    PPS: Nem acho a boa ficar me policiando.
    PPPS: Mas também uso o "post-scriptum" com arrojo e destreza! hahahahahahahha

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  5. Fábio, só vi esse comentário agora...

    Pô Jesuzinho é foda, isso que melhorou a narrativa rs

    Excelente seria essa mudança de estilo, mas ia dar um ciúme brabo... rs

    Lindos Pss!!

    Abração

    ps: agora que respondi, deixe de ser viadinho e ficar magoado e trate de comentar mais!! rs

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