"There's a fear I keep so deep / Knew it name since before I could speak (...) If some night I don't come home / Please don't think I've left you alone"- Keep The Car Running, Arcade Fire

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ele é popular... E está morto

A Rolling Stone Brasil deste mês publicou uma matéria sobre o jornalista e escritor sueco Stieg Larsson, responsável pela famosa trilogia Millenium, composta de volumes policiais que o tornaram o autor mais vendido do planeta. Ah, sim: Larsson faleceu em 2004, aos 50 anos, vitimado por um ataque do coração.
A reportagem é muito boa. Mais ainda são os livros escritos pelo fundador da revista "Expo". Três publicações que levam o leitor à loucura, no bom sentido. Li "Os homens que não amavam as mulheres", "A menina que brincava com fogo" e "A rainha do castelo do ar" em uns dois meses. Freneticamente. A dupla formada pelo jornalista Mikael Blomkvist e pela hacker Lisbeth Salander entra em cada roubada que, às vezes, fica difícil acreditar que eles vão conseguir se safar. Aliás, será que eles conseguem? Leia e a depois a gente conversa.
Gênero policial é aquilo: é quase sempre a mesma coisa, mas diverte pacas. os livros de Larsson, por exemplo, apresentam um cenário muito rico para os profissionais de jornalismo, já que o personagem principal é o editor de uma revista. Tem aquela  mentirada danada, também, mas faz parte. Por outro lado, realidade e fantasia também acabam se confundindo na obra do jornalista, já que, tanto na vida real quanto na literatura, Larsson escrevia sobre temas que eram quase uma obssessão para ele - extrema direita, nazismo, rascismo e preconceito. 
A versão cinematográfica para o primeiro livro do escritor, que é apenas ok, já está disponível nas locadoras. É até legal ver Mikael e Lisbeth na telona, mas nada se compara aos volumes. Página por Página, Larsson cria um universo interessante ao leitor, e no final da trilogia, é inevitável não ficar triste pelo fim da saga - principalmente por saber que não haverá outros livros. De qualquer forma, fica a dica... E o agradecimento a Larsson, pela criação de um universo inesquecível. E por vezes, possível.


Descanse em paz, Larsson. De verdade.
    
Por Hugo Oliveira

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